Caminhada na Natureza dia 23 de Outubro

Os caminhantes de Itaperuna e região terão mais uma caminhada organizada no próximo dia 23 de outubro, domingo.  É a Caminhada na Natureza, com percurso de 14 Km, de Itaperuna a Fazenda São Domingos, em Aré.  O ponto de encontro será na Casa do Empresário, Rua Tiradentes, 220, ao lado da Igreja Matriz São José do Avaí, Centro, às 7h30min e o tempo previsto da caminhada é de 4 horas. O investimento é de R$ 30, com direito a 1 camisa, 1 boné, pulseira de identificação, café da manhã na saída, água e frutas durante o percurso, almoço na fazenda (bebidas a parte), certificado de participação e ônibus de volta para Itaperuna, às 14h30min.

Os caminhantes seguirão pelo bairro Niterói, passando pelos frigoríficos, fazendas margeadas pelo rio Muriaé e antiga linha do trem da Estrada de Ferro Leopoldina e de acordo com Sérgio Almeida, da S.A. Idéias & Soluções, será “uma caminhada parecida com a realizada no dia 1º de Maio último, no trecho entre Retiro e Itaperuna, quando participaram mais de 100 pessoas”. As inscrições são feitas na Casa do Empresário, as vagas são limitadas, e mais informações com Andresa Paixão pelo (22) 3823–2500 – ramal 4.

A Caminhada na Natureza é uma realização da Fecomércio, Sesc, Sincomércio, Associação Comercial de Itaperuna, com organização da S.A. Idéias & Soluções, apoio do blog Caminhadas Maneiras e site Anda Brasil.

Histórico da Fazenda São Domingos – foi fundada pelo alferes Joaquim Ribeiro da Silva em 1839, à margem direita do Ribeirão de São Domingos.  Para iniciar a fazenda, ele trouxe alguns escravos, aos quais prometeu alforria ao concluir os pagamentos referentes à aquisição da fazenda, e assim o fez.  Em 1842, Joaquim trouxe a família e, recebeu em sua fazenda, por várias vezes, a visita de seu parente Santos Dumont e em 1883, D. Pedro II, então Imperador do Brasil.

A cultura mais importante era o café seguindo-se a do milho, de arroz, do feijão, da cana de açúcar, de algodão, de fumo, de mamona e o chá da Índia. Todos esses produtos eram industrializados na própria fazenda para uso dos seus habitantes e com alguns dos quais, os seus proprietários concorreram a exposições nacionais e internacionais, levantando menções honrosas, medalhas de bronze, de prata e de ouro.

Cabe registrar que a Fazenda São Domingos possuía teares onde se fabricavam tecidos de algodão para a sua escravatura, cuja fibra era produzida na mesma fazenda que a industrializava até para exportação, tendo, para esse mister, maquinaria própria e prensa para enfardar. A fazenda possuía grande aguada correndo em cortes de rocha viva, 4 rodas d’água, fábrica de farinha, azeite de mamona, açúcar, café, serraria, diversos moinhos de fubá e um dos melhores e mais variados pomares do Estado.  Em 1950, a fazenda foi adquirida pelo Sr. José Neves Martins, atual proprietário, e possui atualmente 330 alqueires de terras, onde gera vinte empregos de maneira direta, distribuídos por cinco famílias residentes na propriedade, onde cuidam da criação de gado de corte, principal atividade econômica, e da manutenção, conservação e limpeza de um dos maiores conjuntos arquitetônicos rurais da região noroeste do Estado.

Em 2008, foi realizado o tombamento provisório pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC, em caráter voluntário, como forma de salvaguardar esse importante patrimônio cultural fluminense, expoente do ciclo do café em Itaperuna, que chegou a ser o maior produtor do Brasil durante primeiras décadas do século XX.

Informações: Camilo de Lellis

Por: Click Carangola

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