Nós queremos colocar em pauta em nosso site, uma impressionante história de vida, ou melhor dizendo, uma impressionante história de luta pela vida. Até que ponto a burocracia pode impedir uma pessoa de viver? Já não basta termos que contar com o milagre da sobrevivência? Temos que contar também com a boa vontade e disposição de muita gente, que as vezes não se importa com o sofrimento do próximo.
Não queremos generalizar, mas sim, cobrar um direito que está previsto na constituição brasileira, que nos diz o seguinte em seu Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Esta é a história de Bruno Cerqueira, jovem de Ceilândia-DF e que possui alguns familiares em Matipó-MG, ao qual nos procuraram para contar o que vem acontecendo e solicitar do poder público e autoridades da saúde, que ajude a vida deste rapaz, que apenas pede uma chance de se tratar para voltar a viver como qualquer pessoal normal.
No dia de 18 de setembro de 2009, Bruno sofreu um acidente automobilístico no KM 462 da BR-365, ao qual foi encontrado preso às ferragens, inconsciente e com várias fraturas, foi encaminhado à Santa Casa de Misericórdia de Patrocínio e após alguns dias de internação ele foi submetido a uma Traqueostomia que é um procedimento cirúrgico no pescoço que estabelece um orifício artificial na traquéia, abaixo da laringe, indicado em emergências e nas intubações prolongadas. No decorrer deste procedimento, houve uma intercorrência, que lhe causou uma parada respiratória. Bruno chegou a pesar menos de 38 kg, perdeu a fala, teve seus movimentos prejudicados e chegou até mesmo ser desenganado por muitos médicos da cidade.
Veículo no dia do acidente
Após muito esforço e através de uma liminar na justiça, Bruno foi transferido para o Hospital Santa Maria em Brasília-DF, que por sinal foi muito bem tratado e ali começou sua recuperação. Ficou internado 40 dias em Patrocínio-MG, 4 meses no Hospital Santa Maria em Brasília-DF, e logo após, Bruno foi liberado para um tratamento domiciliar e passou a ficar sob os cuidados de seus pais que passaram a viver em prol tão somente da vida de seu filho.
Porém Bruno necessita de um tratamento de recuperação completo, diariamente precisa passar nas mãos de diversos especialistas (fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, etc.) E ele luta por uma vaga na Rede Sarah de Brasília, que segundo a família, não chegaram nem a atendê-lo, foi feito um cadastro e a resposta veio por telefone mesmo, dizendo que ele não está apto a ser atendido pela rede.
Ressalvamos que todas as informações aqui postadas foram obtidas através de depoimentos de familiares. Então gostaríamos agora de saber da Rede Sarah, qual a posição da instituição em relação a este paciente? Porque a resposta desta avaliação foi feita em contato telefônico e não pessoal? Se ele realmente não está apto, o que é necessário para que possa ser atendido pela Rede?
E a Equipe do Click Carangola, se junta à família de Bruno Cerqueira e fazemos um apelo às autoridades para que possa fazer valer todos os direitos previstos nos artigos da Constituição de nosso país, não só na vida de Bruno, mas de todo e qualquer brasileiro que sofre diariamente em filas de postos de saúde, hospitais, consultas SUS em menos de 10 minutos e inúmeras outras infrações que vemos todos os dias neste nosso Brasil. Com informações e colaboração de Irineu Costa (Matipó News).
Este é o sorriso que quermos ver novamente estampado no rosto de Bruno. Rede Sarah, adote também esta ideia!!!
Por: Click Carangola