Em novo depoimento à polícia, ele apontou mais três adolescentes como envolvidos nos crimes que ocorriam há pelo menos dois anos.
A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), pertencente à 6ª Delegacia Regional de Manhuaçu, deu cumprimento à mandado de prisão temporária em desfavor do jovem de 18 anos.
Na quinta-feira, dia 29, chegou ao conhecimento do delegado de polícia Dr. Felipe de Ornelas Caldas, que o rapaz, de 18 anos, estaria abusando sexualmente da menor de apenas 9 anos. Os fatos foram revelados através de uma conversa da menor com a diretora do colégio em que ela estuda. A adolescente relatou ter sofrido abusos sexuais praticados pelo suspeito, inclusive com a introdução de objetos em seus órgãos genitais, levando a menor a contrair infecções. A menor relatou, ainda, que sofria ameaças, motivo pela qual não revelava os abusos sofridos.
“A Polícia Militar (PM) foi acionada pela direção da escola que percebeu o comportamento estranho da criança de nove anos. A menina contou aos policiais militares, na presença de professores, que havia sido estuprada. O suspeito foi localizado e encaminhado para a delegacia de Polícia Civil”, pontuou o delegado Dr. Felipe de Ornelas.
Na ocasião, ele foi liberado, pois não estava no período de flagrante. O fato havia ocorrido dias atrás. Em razão da gravidade dos fatos, o delegado representou pela prisão temporária do investigado, tendo o juiz de direito Dr. Marco Antônio Silva, com concordância do Ministério Público, determinado a prisão do suspeito pelo prazo de 10 dias.
“De imediato, representamos pela prisão e na sexta-feira o mandado de prisão foi expedido pela Justiça. No sábado, pela manhã, as equipes da PC foram até a residência do rapaz de 18 anos e o prendemos. Foi conduzido para a delegacia para novo depoimento e agora ele contou que foi um estupro coletivo, praticado por ele e mais três adolescentes. A menina contou ainda que o estupro se deu por diversas vezes nos últimos anos. Ele disse com detalhes que levavam a criança para o campinho no Bairro São Jorge, onde vinha acontecendo isso e sempre contra a vontade da criança”, detalhou.
A operação policial para dar cumprimento ao mandado de prisão contou com a participação do delegado Dr. Felipe de Ornelas Caldas, dos investigadores Diego dos Santos Velasco Pinheiro, Mirian Ferreira Paiva Gomes, Marcelo da Silva Valadão, Bruno Molino Leite e da escrivã da Delegacia da Mulher Ana Rosa Campos.
As investigações seguem a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, através da delegada de polícia Dra. Adline Ribeiro de Mello Rodrigues, que terá o prazo de 10 dias para concluir, podendo representar pela prisão preventiva.
A PCMG continua com as investigações no sentido de identificar todos os envolvidos, a participação de cada um e ainda quantas vezes aconteceram esses estupros. “Trabalhamos também para o encaminhamento da criança para os órgãos de assistência social e psicológica”, explicou o delegado.
Dr. Felipe de Ornelas ainda reforçou que, por mais que o crime seja asqueroso e revoltante, o primeiro guardião da família é o pai e a mãe de tal maneira que deve acompanhar as atitudes do filho. “Esse fato tem acontecido há dois anos e, com certeza, essa criança teve uma mudança de comportamento. A professora notou a mudança de atitudes físicas da criança na escola. Então oriento os pais que eles têm que saber onde o filho anda, o que está acontecendo e com quem estão andando. Tem que conversar. Buscar detectar se um fato desse grave acontece com alguém da família, para o pai ou a mãe procurar os órgãos devidos, como a polícia, para que possa se reprimir essa atitude e tão logo seja detectada”.
Por: Click Carangola | Com informações da PC e P. Caparaó.