Uma missa foi rezada e durante a cerimônia foram realizados os ritos de beatificação, com a participação do bispo dom Diamantino Prata de Carvalho, da diocese de Campanha (MG) da qual Baependi faz parte e do cardeal Angelo Amato, representante do papa Francisco.
Por volta das 15h30 foi lida a carta apostólica, um decreto assinado pelo papa, que declarou Nhá Chica como beata e 14 de junho como o seu dia.
A professora aposentada Ana Lúcia Meirelles Leite, 67, beneficiada pelo milagre atribuído a Nhá Chica, também participou da cerimônia. Ela levou até o altar uma relíquia (um pedaço de osso da beata) que será levada ao Vaticano.
Em 1995, Ana Lúcia curou-se de uma doença congênita do coração sem a necessidade de cirurgia. A comprovação pela Igreja Católica do milagre, ocorrido um século após a sua morte, levou à beatificação de Nhá Chica.
A cidade, de 18 mil habitantes, foi enfeitada com as cores branca e amarela e a expectativa oficial era de que 40 mil fiéis comparecessem ao evento. Até a tarde de hoje, o Corpo de Bombeiros não tinha uma estimativa de quantas pessoas acompanharam a missa.
A cerimônia foi acompanhada pelo governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), que disse em entrevista estar satisfeito com a beatificação de Nhá Chica. “Ela foi uma mineira muito caridosa.”
Filha de ex-escrava
Nhá Chica nasceu em São João Del Rei em 1810, filha de uma ex-escrava. Mudou-se para Baependi quando pequena e, ainda na infância, perdeu a mãe. Dedicou sua vida a ajudar os necessitados e construiu uma pequena igreja. Morreu em 1895.
Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com