Região noroeste do Rio tem 28 pessoas desalojadas desde as chuvas de março

Nove meses depois das chuvas que deixaram 982 moradores sem casa no noroeste do Estado do Rio, ainda existem 28 pessoas desalojadas na região. A informação é do coordenador regional da Defesa Civil estadual, Coronel Moacir Pires.

Os desalojados são de Italva e Itaperuna, duas das quatro cidades mais afetadas pelas cheias do rio Muriaé. As outras são: Laje do Muriaé e Cardoso Moreira. Os municípios de Porciúncula e Natividade também foram atingidos pelas chuvas de março. O rio Carangola atravessa a parte central das duas cidades. Coronel Pires esclarece que no verão, tanto o Carangola como o Muriaé chegam a dobrar de volume, invadindo casas e comércios e destruindo ruas. 

– O período crítico começa no final de novembro e início de dezembro. Mas, por enquanto, está tudo bem tranquilo, os rios estão abaixo do nível e não há previsão de chuvas para os próximos seis dias.

Autoridades dessas seis cidades e de outros 13 municípios que enfrentaram problemas com as chuvas do último verão se reunirão na próxima sexta-feira (11) com o Secretário Estadual do Ambiente, Carlos Minc e a presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Marilene Ramos, para acertar a implantação do Sistema de Alerta de Cheias do Inea.

Implantação

O objetivo é que os 92 municípios do Estado participem do sistema. Nesta primeira etapa, as 19 cidades representadas na reunião estão se estruturando para receber o sistema.

As cidades da região serrana, onde mais de 900 pessoas morreram em consequência das chuvas, foram as primeiras a receber todo o equipamento do Alerta Cheias e já começaram a fazer testes. O teste final está agendado para o próximo domingo (13) simultaneamente em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

Na região serrana existem 28 estações que monitoram o volume de água da chuva e dos rios a cada 15 minutos. Quando há previsão de chuvas fortes ou possibilidade de transbordamento dos rios, o sistema envia alertas via mensagens SMS e e-mails para a Defesa Civil do município.

No norte fluminense, a primeira a cidade a se preparar para receber os equipamentos é Macaé, onde já existem cinco estações pluviométricas (volume das chuvas) e uma fluviométrica (do rio). De acordo com Felipe Mancine, da Defesa Civil, o município tem de 12 a 15 mil pessoas morando em área de risco de inundação.

– Estamos definindo onde serão colocadas as primeiras sirenes. A área em torno da linha azul [onde ficam as comunidades pobres da Nova Holanda, Mandela, Imbuio e Botafogo] são as que mais sofrem com as cheias.

A periferia da cidade também recebe muita água da região serrana de Nova Friburgo.

– Quando aquela região enche sempre afeta a nossa cidade.

A reunião

Além de Carlos Minc e da presidente do Inea, também foram convidados para a reunião o secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, e os prefeitos e secretários de Defesa Civil e Meio Ambiente de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, São João de Meriti e Belford Roxo, na Baixada Fluminense; de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, na região serrana; Italva, Santo Antônio de Pádua, Laje do Muriaé, Itaperuna, Natividade, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste; e Cardoso Moreira, Macaé e Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.

Além da apresentação do sistema, feita por técnicos do Inea, a reunião também vai discutir como será a comunicação entre o Inea e os usuários do sistema.

Informações: R7.

Por: Click Carangola

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