Os moradores de Arantina, Cataguases, Juiz de Fora, Paula Cândido, Pedra Bonita, Rosário da Limeira, Simonésia e Ubá, na Zona da Mata, estão incluídos na pesquisa que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vai realizar em todo o Estado para mapear as condições da saúde bucal da população mineira.
O inquérito epidemiológico, que recebe o apoio das prefeituras, está sendo feito desde o final de abril e vai permitir a identificação dos problemas bucais mais frequentes, a fim de diagnosticar as necessidades e, assim formular ações de prevenção, tratamentos e reabilitação adequados à realidade das comunidades.
“Projeto será realizado em oito cidades da Zona da Mata.”
A pesquisa abrange outros 52 municípios mineiros. Em cada um deles serão feitos cerca de 100 exames, totalizando, aproximadamente, seis mil no Estado. De acordo com a diretora de Saúde Bucal da SES-MG, Daniele Lopes Leal, a pesquisa vai fortalecer a Política de Saúde Bucal, que vem sendo delineada no Estado.
“O projeto Saúde Bucal Minas Gerais vai trazer como resultado o diagnóstico epidemiológico de Saúde Bucal da população mineira, a partir do qual serão formuladas ações que contemplem esta população com o desenvolvimento de programas de âmbito estadual”, explica.
Durante a pesquisa, além dos índices tradicionais de aferição das doenças bucais, será aplicado, também, um questionário para analisar problemas como cárie, doença periodontal, oclusopatias, fluorose (intoxicação pelo flúor e seus derivados), entre outras, no sentido de se verificar, além da prevalência, a extensão da gravidade dos problemas.
Segundo a diretora Daniele Leal, a Política Nacional de Saúde Bucal determina a realização de estudos epidemiológicos desse porte como parte componente da Vigilância em Saúde. “A nossa proposta é realizar pesquisas desse tipo a cada 10 anos, com o intuito de avaliar as alterações no quadro epidemiológico da população”, afirma.
O projeto tem financiamento da SES-MG, por meio da Diretoria de Saúde Bucal, no valor de R$ 168 mil, a ser investido no pagamento de pessoal e ressarcimento de despesas de deslocamento. Além disso, o município recebe todo o material para realização dos exames e capacitação.
“Os municípios investem disponibilizando os profissionais para a pesquisa. E o Ministério da Saúde é parceiro no processo, uma vez que toda a metodologia do projeto é do Ministério”, acrescenta a diretora de Saúde Bucal, Daniele Leal.
Para execução do projeto, os municípios participantes contam com um examinador, um anotador e um coordenador municipal, sendo que os exames epidemiológicos são realizados por Cirurgiões Dentistas.
Metodologia de pesquisa
Durante a pesquisa, o cirurgião dentista vai percorrer a cidade e examinar, em domicílio, o morador que se interessar em participar voluntariamente do Projeto, sendo aptas a participar da pesquisa, pessoas com idades de 05 e 12 anos e das faixas etárias de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos.
O projeto segue a metodologia do SB Brasil 2010, do Ministério da Saúde, e conta com a colaboração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), que vai avaliar os resultados através do Conselho de Ética em Pesquisa. Outra instituição a avaliar o resultado da pesquisa será o Comitê de Ética em Pesquisa cadastrado junto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Com informações de Camila Vaz.
Por: Click Carangola