Uma família – Ana Maria da Silva, de 41 anos, seu esposo, Luciano Longo, da mesma idade e sua filha – se deslocou de Rondonópolis/MT até Muriaé, viajando um percurso de cerca de 1.800 quilômetros de carro, para tentar localizar a mãe de Ana Maria, Maria Emília Bento da Silva, de 70 anos.
A mãe de Ana Maria teria deixado os filhos no Mato Grosso com o pai, onde morava, a cerca de 40 anos e vindo para Muriaé.
Eles chegaram na cidade quinta-feira passada (19) sem conhecer nada, nem ninguém. Foram, a princípio, na Rádio Muriaé para buscar ajuda na busca pela mãe de Ana Maria. Em seguida, abordaram uma pessoa na rua para pedir informação, Miguel Arcanjo da Silva Milani e, ele, de prontidão, simpatizou com os viajantes e resolveu abraçar, junto com eles, a missão de encontrar a sogra de Luciano.
Miguel Arcanjo conta em entrevista que, primeiro tentou um hotel que pudesse abrigar a família, como não encontrou, decidiu acolhê-los em sua própria casa, no bairro José Cirilo. Consultou sua esposa, Margareth Angela Giagio Milani e, como teve sua imediata aprovação, assim o fez, em um gesto de solidariedade, pensando em fazer o bem ao próximo.
A família de Rondonópolis, no dia seguinte a sua chegada a Muriaé, junto com Miguel Arcanjo, partiram a campo, na busca por D. Maria Emília. As únicas informações concretas que tinham, eram o nome da senhora, sua data de nascimento, 13 de janeiro de 1942, o local onde ela votava – Escola Estadual Olavo Tostes – e o nome da cidade, conseguidas através de documentos, como a certidão de nascimento de Ana Maria.
Ela disse que começou uma busca mais intensa pela mãe, após o falecimento de seu pai, quando se sentiu sozinha no mundo, apenas com um irmão. Depois de quatro horas de procura, eles encontraram no bairro Aeroporto, uma senhora, de 70 anos, com todas as características da pessoa que procuravam. No entanto, a idosa, não se lembrava de Ana Maria, nem da história relatada por ela, para confirmar a suspeita de que fosse sua mãe.
Diante da dúvida, eles decidiram então fazer, nesta segunda-feira (23), um exame de DNA para resolver o impasse. Em um prazo de 15 dias ficará pronto o resultado do exame. Ana Maria disse também que tem três irmãs por parte de pai e apenas uma delas sabe de sua existência, pois ela conseguiu reencontrá-la.
Ana Maria ressaltou que ficará satisfeita apenas se o resultado do exame der positivo, pois de forma contrária, eles voltarão a estaca zero. A família que disse ser muito religiosa, fez questão de enfatizar, com gratidão, que Deus abriu as portas para eles em Muriaé.
A família retornou, nesta madrugada (24), para Rondonópolis e, o muriaeense, Miguel Arcanjo, fará a intermediação sobre o laudo do DNA, quando o exame sair. Com informações da Rádio Muriaé.
Confira as imagens:
Família que veio de Rondonópolis junto com a família de Muriaé que os acolheu.
Ana Maria e seu esposo abraçam Miguel Arcanjo em agradecimento pela ajuda recebida.
Casa de Miguel Arcanjo, no José Cirilo, onde família de Rondonópolis estava abrigada.
Carro que veio de Rondonópolis/MT até Muriaé, viajou cerca de 1.800 KM.
Ana Maria se emociona em entrevista concedida a imprensa local.
Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com