Desta forma, os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão adiantar os relógios em uma hora no dia 15 de outubro, daqui a pouco menos de um mês.
O governo cogitou acabar com o horário de verão neste ano no Brasil após estudos realizados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) indicarem que a iniciativa não é mais tão eficaz do ponto de vista econômico como em anos anteriores.
Eles mostram que o consumo de eletricidade pela população está sendo mais influenciado pela luminosidade e temperatura do que pelo horário. Os relatórios foram levados à Casa Civil e discutidos internamente no Palácio do Planalto junto ao ministério.
Embora já tivesse sido praticado desde 1931 pelo governo de Getúlio Vargas, o horário de verão passou a ser permanente a partir de 2008. A medida começa em 15 de outubro e vai até o terceiro domingo de fevereiro, a não ser se este antecipar o Carnaval. Desta forma, o horário de verão 2017/2018 acabará em 19 de fevereiro, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora.
A manutenção do horário de verão, porém, só está confirmada para 2017. O governo ainda não sabe se vai praticar a medida para 2018 em diante. Uma pesquisa para saber a opinião da população quanto ao tema está sendo estudada pelo governo.
Economia em 2016/2017 foi de R$ 159,5 milhões
Segundo dados do ONS, o horário de verão praticado em 2016/2017 gerou uma economia de R$ 159,5 milhões por causa da redução do acionamento de termoelétricas durante o período.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o valor foi superior às expectativas iniciais, de R$ 147,5 milhões, mas ficou abaixo dos R$ 162 milhões do período anterior (2015/2016).
O Sistema Sul contou com uma redução de 4,3% durante a vigência da medida em 2016/2017, equivalente ao dobro da carga de Florianópolis no horário de pico noturno.
O Sistema Sudeste/Centro-Oeste teve redução igual à metade da carga da cidade do Rio de Janeiro no horário de pico.
Alguns dos pontos positivos do horário são a redução do consumo à noite com a diminuição dos carregamentos no sistema de transmissão, o que possibilita mais ações de manutenção de equipamentos, e a redução de cortes de carga em situações emergenciais, diz a pasta.
Por: Click Carangola | Com informações UOL.