Com o slogan “Aids. Coloque um ponto final na sua dúvida”, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) lançou, na quarta-feira (28), a Campanha de Prevenção contra a Aids. Este ano, as ações alertam sobre a importância do diagnóstico precoce.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, a mobilização pretende incentivar a procura pelos centros de testagens de sífilis, HIV e hepatites virais (B e C) e ampliar o acesso aos testes rápidos das doenças. “Graças ao tratamento existente hoje em dia, uma pessoa soropositiva possui boa expectativa de vida, mas é preciso diagnosticar a doença o quanto antes. Por isso, pela primeira vez, serão oferecidos testes rápidos em praça pública, preservando a privacidade da pessoa, mas garantindo um conhecimento a respeito da doença”, explicou o secretário.
Fornecido pelo Ministério da Saúde, o teste é gratuito, seguro e sigiloso. Ele pode ser realizado em uma das unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) em todo o Estado. “O teste é recomendada para todos. Colhemos apenas uma gota de sangue e o resultado sai em 30 minutos. A pessoa recebe aconselhamento antes e depois do exame, e, em caso positivo, é encaminhada para o serviço especializado”, explica a coordenadora da DST/Aids da SES, Fernanda Junqueira.
Cenário epidemiológico
Do início da epidemia até outubro de 2012, já são 33.167 casos de Aids notificados em Minas. Dos 33.167 mil casos, 5.099 são em homossexuais (15,37%), 2.737 em bissexuais (8,25%) e 17.004 notificados em heterossexuais (51,28%).
Segundo Fernanda Junqueira, atualmente, as principais características da doença no Estado são a interiorização, o aumento de casos entre mulheres e a concentração em jovens e jovens adultos. Em 2004, havia pelo menos um caso notificado em 580 municípios mineiros. Já em 2008, 670 dos 853 municípios mineiros apresentavam pelo menos um caso notificado. Até outubro de 2012, foram notificados casos de Aids em 714 municípios, o que significa 83% das cidades mineiras.
A proporção de casos entre os sexos em 2012 é de dois homens para uma mulher, com 22.400 casos notificados em homens e 10.766 em mulheres. E, independente de sexo, a maior parte dos casos se concentra em jovens e jovens adultos.
A contaminação entre heterossexuais, que, na década de 80, correspondia a 12% do total de casos, atualmente corresponde a 51,26%. Entre os homossexuais, a contaminação caiu de 60% na década de 80 para 15,37% nos dias de hoje.
Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com