O corpo foi encontrado no dia 19 de fevereiro deste ano às margens do Rio Glória, na estrada de acesso a “Comunidade Patrimônio dos Carneiros”, já em estado de decomposição, enrolado a um saco plástico e preso em vigas de concreto, que tinham o objetivo de mantê-lo submerso.
Durante as investigações, três pessoas foram presas, entre elas, o próprio irmão da vítima, um homem de 43 anos que, segundo a investigação, foi o mentor intelectual do crime. Além dele, outros dois homens, um de 22 e outro 23 anos também teriam participado na execução de Leandro. As investigações apontam que a vítima foi morta com golpes de enxada.
De acordo com a apuração conduzida pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Leandro foi executado na noite de 12 de fevereiro, sete dias antes de ter o corpo encontrado com marcas de afundamento craniano.
Os dois homens que participaram da execução, receberam a promessa de lucrar até R$ 80 mil com a venda de bovinos, oferecidos pelo irmão da vítima, que pretendia se valer dos animais do próprio Leandro para pagamento.
Os jovens simularam a contratação de um frete até uma propriedade rural de um deles. No local, depois de ainda ajudar a descarregar os pertences, Leandro foi surpreendido pelos agressores que, de posse de uma enxada, desferiram violentos golpes pelas costas, o que causou um grande afundamento no crânio, ocasionando a morte da vítima.
A motivação do crime, segundo o inquérito, foi uma disputa entre os irmãos pela herança e exploração das terras da família, que possui uma propriedade rural em Miradouro.
Segundo informações apuradas pelo jornalismo, a hediondez foi tamanha que os envolvidos chegaram a tripudiar da dor e do sofrimento da família. Durante o período em que a vítima estava desaparecida os autores simularam ligações telefônicas para o pai de Leandro, já idoso e com vários problemas de saúde, com o objetivo de tranquilizá-lo e dar falsas esperanças de que o filho voltaria pra casa quando na verdade ele já estava morto.
Depois de consumado o crime, os executores ainda tentaram vender o veículo da vítima, utilizado para realizar o frete e, como não conseguiram, resolveram queimá-lo.
Os três autores foram indiciados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual cujas penas, somadas, ultrapassam 30 anos.
Por: Click Carangola | Com informações da PC e Rádio Muriaé.