Dono de um estádio com capacidade para cerca de três mil torcedores, o Almeidão, o Gavião Carcará sabe que para alçar voos mais altos é necessário ter um palco maior. E a alternativa está na vizinha Carangola, como pólo de desenvolvimento econômico da Zona da Mata Mineira.
O presidente do clube, Lane Gaviolle, e o prefeito de Carangola, Paulo Pettersen, além de secretários de diversas pastas, visitaram na quinta-feira o Estádio Municipal Roseny Soares.
A ideia é reformar e ampliar a praça esportiva para que passe a ter capacidade para 10 mil torcedores – exigência de regulamentos como o da Série B do Campeonato Brasileiro, por exemplo – e receba jogos de maior demanda.
– É uma situação que envolve a região toda. O prefeito está com boa vontade para tentar levantar recursos para o estádio dentro de uma condição que o Tombense possa jogar lá representando a região. Porque se a gente conseguir subir, seja o ano que for, tem que ter capacidade acima de 10 mil, e o Tombense não consegue chegar. Atenderia a essa dificuldade nossa aqui. A visita foi em relação a isso, espaço, quantos cabem, o valor que fica, o recurso que vai precisar, para ver o que pode ser feito – disse Lane.
Lane Gaviolle e Paulo Pettersen se reuniram nesta semana.
De acordo com o chefe do executivo de Carangola, a reforma do aparelho esportivo atenderia a uma paixão da população e daria à cidade um espaço moderno.
– Hoje o carangolense tem orgulho de torcer para um time estruturado e profissional como o Tombense, que participa de importantes competições oficiais. Nesta parceria que estamos começando a construir, temos a grande chance de unir as expectativas de crescimento do Tombense e também a oportunidade de obter inúmeras conquistas para nossa cidade. O Estádio Roseny Soares, modernizado, desempenhará um papel de fundamental importância para a prosperidade de Carangola. Todos vamos torcer muito pelo sucesso deste projeto – afirmou o Prefeito Paulo Pettersen via assessoria.
Após as reuniões, ficou definido que uma equipe fará um estudo técnico-financeiro a ser apresentado a clube e município. A partir daí, terá início a captação de recursos. Pesam a favor do estádio a localização e o espaço físico.
Estádio Almeidão, em Tombos, receberia jogos de menor apelo.
– A ideia seria tentar fazer um estádio da região para o Tombense jogar lá. Levei o meu amigo que fez o do Nacional, o Jorge Feres, que vai fazer o estudo para nós e ver em que ordem vai ser, aí é sentar para conversar. Seria muito interessante para todo mundo. Para o Tombense, para a região, Carangola é uma cidade boa, está a 20 e poucos quilômetros, não me atrapalharia em nada. O Tombense jogaria aqui os jogos menores e lá os maiores. Se subir para uma Série B, jogaria a B toda para lá. Se a gente não tiver essa situação, tem que fazer parceria com o Nacional e jogar em Muriaé, porque a obra demora também. Para fazer um estádio é um ano e meio, dois anos. O local é espetacular. Vamos ver – contou Lane.
O anteprojeto será desenvolvido pelos arquitetos Jorge e Artur Feres, do mesmo escritório responsável pelo projeto do Estádio Soares de Azevedo, do Nacional de Muriaé. A expectativa é de que o estudo em conformidade com normas técnicas da CBF, Estatuto do Torcedor e questões de segurança e acessibilidade, seja concluído em 30 dias.
– A área é excelente, muito bem localizada, de fácil acesso e acreditamos na viabilidade de implantação. Numa comparação com o estádio que projetamos e executamos para o Nacional em Muriaé, temos uma diferença marcante na topografia do terreno. Em Carangola, as arquibancadas serão todas suspensas, tipo uma arena – finalizou Jorge Feres.
Projetistas do Estádio Soares de Azevedo trabalham no anteprojeto de Carangola.
Por: Click Carangola | Com informações da Prefeitura Municipal e Globo Esporte.