Em entrevista nesta quinta-feira (25), o diretor do Serviço Municipal de Saneamento Básico e Infraestrutura (SEMASA), Vitor Hugo Cosenza Neves, informou que cerca de 10 mil habitantes são afetados atualmente pelo problema.
Ainda nesta quinta, o número de desalojados subiu para 3.270 e o de desabrigados chegou a 51. Atualmente, as famílias estão em abrigos no município e em casas de parentes, além de receberem suporte da prefeitura.
Para restabelecer o fornecimento de água, uma obra paliativa é realizada em Carangola. Com a força da água, a adutora foi levada. Atualmente, é feita uma estrutura improvisada, já que será preciso um processo licitatório.
“É um paliativo para que a água chegue até essas pessoas. O nosso setor de engenharia já está junto a Defesa Civil para abrir o processo e a previsão é que em até 30 dias a gente abra para fazer a estrutura definitiva”, explicou o diretor do SEMASA.
Chuvas nas regiões
Além do município de Carangola, Divino, Espera Feliz, Orizânia e Tombos, Muriaé e Além Paraíba também foram atingidas pelas chuvas deste início do ano. Os alagamentos ocorreram após um acúmulo de chuva de mais de 100 milímetros atingir duas áreas na última sexta-feira (19) – a cabeceira do Rio Carangola, que corta as cidades de Orizânia, Divino, Carangola, Faria Lemos (zona rural), Tombos e os municípios fluminenses de Porciúncula e Natividade; e a região de Alto Caparaó, que abrange Espera Feliz e Manhuaçu, no Leste.
As prefeituras de Carangola, Divino, Tombos e Além Paraíba decretaram situação de emergência e Espera Feliz decretou calamidade pública. Na segunda-feira (23), o governador Romeu Zema (Novo) esteve em Carangola e informou que o “Estado vai dar todo apoio”. Em Muriaé, o acumulado até esta quarta-feira (24), foi quase o triplo da média histórica para o mês de fevereiro nos últimos 10 anos, que era de 119 mm. De acordo com dados do centro de monitoramento e alerta de desastres naturais, choveu 306 mm no município em fevereiro.
Por: Click Carangola | Com informações G1.