LARANJAL – A Polícia Militar (PM) emitiu uma nota de esclarecimento nesta quinta-feira (05) relatando o disparo de arma de fogo feito por um policial militar que atua na cidade de Laranjal-MG, município que fica a 117 quilômetros de Carangola.
A nota diz que a PM, de forma isenta e transparente, informou o ocorrido e que após o fato, realizou o devido registro dos boletins de ocorrência pertinentes.
E ainda colhendo provas materiais e ouvindo as partes que participaram do evento para apurar as circunstâncias, e que acionou a perícia criminal da Polícia Civil (PC) para realizar os trabalhos técnicos formais, bem como realizou a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante (APF) do policial militar envolvido.
A nota afirma também que será instaurado um inquérito policial militar e após ser concluído, será destinado à Justiça Militar Estadual para análise e decisão dentro de sua esfera de competência.
O delegado Rangel Martino, falou em entrevista nesta quinta-feira (05), sobre a atitude do policial militar e atribuiu o ato como forma de legítima defesa no âmbito de sua função.
Entenda o caso
Segundo informações, o fato ocorreu na tarde desta quarta-feira (04), em Laranjal, às margens da BR-116. Antônio Carlos Gonçalves, de 65 anos, foi atingido com um disparo de arma de fogo e morreu ao dar entrada no Hospital São Paulo (HSP), em Muriaé.
O departamento de jornalismo teve acesso ao Boletim de Ocorrência (B.O.) redigido pela Polícia Militar (PM), após ouvir todos os envolvidos e testemunhas.
De acordo com o B.O., um servidor da prefeitura foi até às margens da BR-116, após receber uma denúncia de que Antônio Carlos estaria furtando blocos de cimento pertencentes a Prefeitura de Laranjal.
A Polícia Militar (PM) foi acionada, e a princípio, a situação estava controlada, até o momento em que Antônio Carlos começou a agredir o servidor municipal.
O PM que não teve o nome divulgado deu a ordem para que a briga fosse cessada, porém, o homem não obedeceu o policial e ao aplicar um golpe de enxada, o policial, atirou contra ele para evitar um possível homicídio.
A Polícia Civil (PC), através da Delegacia da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), instaurou um inquérito e investigará o caso.
Confira a nota de esclarecimento emitida pela Polícia Militar (PM):
A Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, de forma isenta e transparente, informa que o fato ocorrido em Laranjal-MG, no dia 04 de março de 2020, iniciou com a solicitação de apoio à Prefeitura Municipal, que tendo constatada a utilização indevida de blocos de calçamento de ruas por um cidadão morador do Distrito de São João, solicitou registro do fato para responsabilização jurídica posterior. Apurou-se, de forma preliminar, que no local ficou acertada entre as três partes, de modo pacífico e civilizado inicialmente, a devolução dos blocos, bem como a confecção do registro. Contudo, o mencionado cidadão se desentendeu em certo momento com o servidor da Prefeitura e, na presença do policial militar que ali se encontrava, veio a desferir um soco na face do servidor, tendo logo em seguida rapidamente se apoderado de uma enxada que estava depositada ao solo e desferido golpes com intuito de atingir a integridade física ou mesmo a vida daquele servidor. Diante daquela circunstância, já estando o servidor lesionado e as agressões com a enxada em continuidade, não tendo aquele cidadão acatado a ordem do policial, bem como pela urgência em deter sua ação e não havendo outro meio disponível, hábil e ágil para tal, para não responder pela omissão, o policial militar veio a efetuar um disparo que atingiu o cidadão que praticava as agressões, tendo cessado então sua ação, sendo ele socorrido de imediato, mas infelizmente veio a falecer no hospital. Após os fatos, a Polícia Militar (PM) realizou o devido registro dos boletins de ocorrência pertinentes, colhendo provas materiais e ouvindo as partes que participaram do evento para apurar as circunstâncias, tendo sido acionada perícia criminal da Polícia Civil (PC) para realizar os trabalhos técnicos formais, bem como realizou a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante (APF) do policial militar envolvido, sendo deliberado pela continuidade das investigações por meio de Inquérito Policial Militar (IPM) que, após concluso, será destinado à Justiça Militar Estadual para análise e decisão dentro de sua esfera de competência.
Por: Click Carangola | Com informações da PM e Rádio Muriaé.