Sobreviventes do acidente em Leopoldina prestam depoimento

O delegado de Leopoldina (MG), Rafael Sporck da Costa, começou a ouvir  os sobreviventes da tragédia que matou dez pessoas, entre elas quatro estudantes de Medicina do UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) e deixou outras nove feridas. O policial apura as causas do acidente ocorrido na segunda-feira (29) na BR-116 (Rodovia Rio-Bahia), no trecho entre Além Paraíba e Leopoldina, que envolveu uma carreta tanque e cinco veículos.

O policial disse que já registrou o depoimento de duas vítimas que sofreram ferimentos leves e que vai aguardar o restabelecimento da saúde dos outros sobreviventes para também poder colher suas declarações. Rafael também está ouvindo pessoas que testemunharam a tragédia, mas não ficaram feridas.

A carreta, que transportava gasolina, tombou em uma curva, explodiu e atingiu os carros de passeio. Um dos veículos atingidos foi o Hyundai HB20, que estava ocupado por quatro estudantes do UniFOA, de Volta Redonda.

Até agora, apenas o corpo de Mariana Gomes Porto dos Santos, de 24 anos, foi liberado para o sepultamento, ocorrido anteontem em São José dos Campos (SP), mesmo dia em que ela morreu. Ela estava internada no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da Casa de Caridade de Leopoldinense, com 95% do corpo queimado.

Já os corpos das outras três estudantes (Mariana Mascarenhas Pereira, de 23 anos, que era morava em Volta Redonda; Elisa Costa, de 25, que era de Vargem Alegre (MG); e Ana Paula Ruy Cotrim Araújo, de 24 anos, que era da cidade paulista de Cruzeiro)ficaram carbonizados e não podem ser reconhecidos visivelmente ou pela arcada dentária e se encontram no IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte, onde será feito um exame de DNA para identificá-los.

As quatro retornavam de Vargem Alegre, onde mora a família de Elisa, para Volta Redonda. Todas cursavam o último período de medicina.

Os demais veículos envolvidos no acidente foram o Corsa Sedan, placa CSP-0673, de São José dos Campos (SP); o Ford Ecosport placa KVF-6390, do Rio de Janeiro; o Fiat Uno, placa LMN-9852, também do Rio de Janeiro; e o Ford Focus placa HOB-6656, de Juiz de Fora (MG).

Os nove corpos que ficaram irreconhecíveis chegaram na manhã de quarta-feira ao IML de Belo Horizonte, onde foi recolhido material genético de parentes das vítimas para a realização do exame de DNA. Além das três estudantes do UniFOA, seguiram para a unidade os corpos de Luis Carlos Almeida Pereira, Ana Elizabeth Almeida Pereira e Leonardo Almeida Pereira, Helena Fernandes Mateus (de pouco mais de um mês de idade), Celina Fernandes e o motorista da carreta, Balbino Caetano Vieira.

A maioria das oito vítimas que sobreviveram já recebeu alta; a exceção fica por conta de duas crianças internadas em um hospital de Leopoldina, junto com Marta da Silva Fernandes.

Dois dos pacientes vítimas do acidente foram transferidos para hospitais de outros estados. Bruno Antônio Sena Sasse estava internado no Hospital Monte Sinai, na Zona da Mata de Minas, e foi transferido para o Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ele teve 60% do corpo queimado.

O outro transferido foi um homem conhecido apenas como Renato, que foi levado para o Hospital do Andaraí, no Rio. Com informações do jornal Diário do Vale.

Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com

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