MANHUAÇU – Uma adolescente de 17 anos é acusada de matar a enteada de apenas 1 ano e cinco meses durante a tarde desta terça-feira (18), no bairro Coqueiro. Relatos de vizinhos dão conta de que a menina sofria maus tratos. A suspeita é que ela asfixiou a criança.
A Polícia Militar foi chamada pelo conselheiro tutelar Jerônimo Rosa até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na tarde desta terça depois que a criança chegou ao local já sem vida, por volta de 14:45.
O médico pediatra relatou aos militares que a menina já estaria morta há cerca de quatro horas. Havia secreções na boca e no nariz e ferimentos. A suspeita é que ela foi asfixiada.
A mãe da menina está presa. A madrasta vive com o pai dela, que é pedreiro e saiu para trabalhar ainda de madrugada.
A jovem contou uma história cheia de contradições, como a troca de roupas da criança antes de levá-la para a UPA e os horários. Afirmou que a menina estava bem, deu almoço e colocou para dormir. Às 13 horas, quando foi acordar a criança, percebeu que estava com as secreções pela boca e nariz e não “acordava”.
Ao invés de pedir ajuda, ela foi à pé com a criança no colo do bairro Coqueiro até a UPA.
Vizinhos relataram aos policiais que constantemente ouviam a criança chorar, inclusive na manhã desta terça.
Segundo os conselheiros tutelares Jerônimo e Mayara, a criança, na semana passada, teria se queimado com água quente e suspeitavam de maus tratos. A criança, o pai e a madrasta tinham sido assistidos até a UPA pela PM para atendimento médico.
A madrasta alegou no dia que estava com uma caneca de água quente nas mãos e que, ao virar, a criança estava atrás dela e veio a derramar um pouco nos pés da menina.
Ainda de acordo com a reportagem, o pai só soube do óbito da filha no final da tarde. Segundo ele, vizinhos haviam lhe falado para ele olhar melhor a criança, pois ela chorava constantemente e, às vezes, parecia choro sufocado, mas que nunca desconfiou que a sua companheira cometia maus tratos e nem percebeu algum tipo de lesão ou hematomas.
Os conselheiros tutelares acompanharam o registro da ocorrência. A madrasta e o pai da menina foram encaminhados para a delegacia de Polícia Civil.
Nas redes sociais, o conselheiro que atendeu a ocorrência, Jerônimo Rosa destacou o choque e tristeza com o fato e explicou que “houve o atendimento da criança na terça-feira, dia 11, e na quinta foram aplicadas medidas pertinentes ao pai, mas não deu tempo, infelizmente a sua companheira acabou por matar a criança pelo motivo que cabe agora à Polícia Civil esclarecer”.
Já na parte da noite de terça, o médico legista identificou a causa da morte da vítima como por asfixia mecânica, que é quando algo ou alguém aperta o pescoço da vítima. Diante disso, a adolescente foi apreendida em flagrante.
Família
Estão circulando entre os moradores da cidade diversos áudios que são atribuídos à avó da criança morta. Em uma das mensagens, uma senhora conta com a voz embargada que a madrasta “deu uma surra” e matou a netinha. “Meu filho está no maior desespero, dormia abraçado com essa menina”, disse a senhora.
Em outra mensagem que circula entre a população, a avó conta que seu filho não confiava em deixar a filha em creches. “Ele nunca deixou colocar ela em creche porque não confiava. A mãe (que está presa) mexe com droga e ele nunca quis ela na creche para a namorada cuidar e ela vai lá e dá uma surra na menina”, finaliza o áudio.
Por: Click Carangola | Com informações da PC e P. Caparaó.
Que absurdo essa mulher tinha que morrer , isso sim!