Teve início nesta quarta-feira (21), uma greve por tempo indeterminado dos servidores da educação do Estado de Minas Gerais, conforme as informações do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
A paralisação foi aprovada em assembleia estadual realizada no dia 15 de maio no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a greve é a maneira que a categoria tem de pressionar o Governo de Minas a abrir uma negociação. “A estratégia do governo do Estado é não negociar. Já avisou que não vai ter modificação na carreira e que não vai discutir reajuste antes de outubro. O momento é agora ou só teremos chance de conquistas em 2015”, afirma Beatriz Cerqueira.
Uma nova assembleia da categoria está marcada para o próximo dia 28 de maio. Ainda conforme o Sind-UTE, a pauta de reivindicações foi protocolada em janeiro e também foi solicitado o início das negociações, já que, por se tratar de ano eleitoral, existem prazos que limitam reajustes e alterações na legislação. Porém, desde então a Secretaria de Estado da Educação não teria dado qualquer resposta.
Em reuniões do Comitê de Negociação Sindical (Cones), conforme o sindicato, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão informou que o Governo não pretende fazer nenhuma alteração na carreira e nem conceder reajuste em 2015.
A Secretaria de Estado de Educação foi procurada, mas ainda não deu seu posicionamento sobre a greve dos servidores.
Problemas na educação:
Por meio de uma nota, o Sind-UTE chegou a enumerar alguns dos principais problemas vividos pelos servidores da educação e que motivaram a greve.
Veja a lista:
– A Secretaria de Educação suspendeu desde o início do ano o direito de férias-prêmio, afetando servidores que gozariam o direito no 1º semestre de 2014.
– A progressão na carreira deveria ter sido paga em fevereiro deste ano e até maio não houve o pagamento.
– A promoção por escolaridade adicional (política de carreira), está congelada desde 2011 até dezembro de 2015. Na prática, quem foi nomeado em 2004 permanece paralisado na carreira por mais de 10 anos.
– Não reajustou os salários conforme o reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional que foi de 8,32% em janeiro de 2014. O Governo de Minas não paga o Piso Salarial como vencimento básico.
– A situação dos efetivados não é discutida pelo Governo do Estado, que ignora a situação que envolve mais de 70 mil servidores, empurrando a questão para depois das eleições.
– O Estado não nomeia concursados para os cargos vagos. Em 2013, os cargos divulgados no edital do concurso simplesmente sumiram; as aposentadorias chegam a demorar mais de 10 anos, o que impede que o cargo seja declarado vago; os professores habilitados em Educação Física e Ensino Religioso foram retirados dos anos iniciais do Ensino Fundamental, contrariando a legislação estadual e diminuindo o número de cargos destas disciplinas. O Estado tem obrigado professores a estenderem a carga horária e a assumirem disciplinas sem terem a formação, o que aumenta a jornada de trabalho do professor e diminui o número de cargos. Com informações do Sind-UTE e jornal O Tempo.
Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com