O câncer representa hoje uma ameaça crescente para a saúde no mundo. É a doença que mais cresce e uma das maiores causas de morte, ao lado das doenças cardiovasculares. São mais de oito milhões de casos novos a cada ano — um aumento de quase 40% nos últimos 20 anos.
Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), ocorrerão a cada ano, em 2014 e 2015, meio milhão de novos casos de câncer. Repete-se no Brasil o mesmo padrão de desigualdade que há no resto do mundo, de acordo com as diferentes regiões do país, em função de expectativa de vida, renda, educação e exposição a fatores de risco como o tabagismo.
Nas regiões mais pobres predominam os cânceres ligados, por exemplo, a fatores infecciosos, como o câncer de colo uterino e o câncer de estômago. O câncer de pulmão, essencialmente ligado ao tabagismo, já começa a decrescer em homens, porém, ainda não em mulheres. Isto decorre de uma maior redução de consumo de tabaco entre os homens do que entre as mulheres.
A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer garante o atendimento integral a qualquer doente com câncer, por meio das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Este é o nível da atenção capacitado para determinar a extensão da neoplasia (estadiamento), tratar, cuidar e assegurar a qualidade dos serviços de assistência oncológica, conforme a Portaria nº 874/GM de 16 de maio de 2013. Esta portaria substitui a nº 2.439/GM, de 8 de dezembro de 2005.
Brasil
Existem 276 hospitais habilitados no tratamento do câncer. Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas.
Cabe às secretarias estaduais e municipais de Saúde organizar o atendimento dos pacientes na rede assistencial, definindo para que hospitais os pacientes, que precisam entrar no sistema público de saúde por meio da Rede de Atenção Básica, deverão ser encaminhados.
Em Minas
Alfenas, Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Cataguases, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Muriaé, Passos, Patos de Minas, Poços de Caldas, Ponte Nova, Pouso Alegre, São João Del Rei, Sete Lagoas, Uberaba, Uberlândia e Varginha são os municípios mineiros que possuem hospitais habilitados.
A realidade em Carangola e região
Através das redes sociais, estudantes, empresários, políticos e demais entidades civis passaram a cobrar soluções e a manifestar em prol de um centro oncológico regional com sede em Carangola, o que iria proporcionar um atendimento eficiente a pacientes de dezenas de municípios vizinhos.
Nossos familiares e amigos precisam viajar “quilômetros e quilômetros” para realizar exames e procedimentos contra o Câncer, o que torna o tratamento ainda mais agressivo e desgastante, sem contar, a demora no atendimento. Um centro oncológico em Carangola, pólo regional de saúde, seria viável ao atender a demanda da cidade e de diversos municípios dos estados de MG, ES e RJ, afirma o jornalista Felipe Dias.
“A demanda de nossa região é grande e o sofrimento das pessoas também, uma vez que se submetem a um tratamento agressivo e desgastante, ainda mais sendo necessário se locomover até Muriaé e Juiz de Fora. Criar um centro oncológico em Carangola é subdividir e ampliar uma região de atendimento”.
O Deputado Federal Misael Varella afirma entender as carências na área da saúde em todo o estado. “Venho lutando, assim como fez meu pai, o ex-deputado Lael Varella, por melhorias para a saúde da população e pela revisão nos valores da tabela de procedimentos do SUS, que podem servir para que os hospitais públicos e filantrópicos garantam sua sobrevivência”.
Já o ex-prefeito municipal e ex-deputado Paulo Pettersen informou ser este o principal projeto junto ao governo estadual para amenizar o sofrimento dos doentes de Carangola e região.
Por: Click Carangola – www.clickcarangola.com.br