Um adolescente de 15 anos foi apreendido pela Polícia Civil (PC), apontado como autor do assassinato do jovem Arthur Gomes, de 16 anos, encontrado morto, com dois tiros, nesta quinta-feira (02), na cidade de Carangola.
A PC agiu rápido e, apesar da falta de informações iniciais, conseguiu obter a identificação do menor – a princípio, como suspeito -, que foi localizado e prestou depoimento ainda na noite desta quinta (02).
Em entrevista, o delegado responsável pelo caso, Jorge Alexandre Maximiano, da delegacia de Carangola, contou que o jovem confessou o homicídio, alegando como motivo uma desavença entre ele e a vítima, aparentemente originada por “inveja” ou algum tipo de “ciúme” que ele cultivava em relação à Artur: “Ele estava tranquilo, demostrando, até mesmo, alguma frieza no início, e negou a autoria, mas diante dos elementos que o comprometiam, acabou assumindo ter matado Artur e, inclusive, indicou o local onde estava a arma usada – uma garrucha de dois canos -, que foi recolhida e encaminha para exame de balística”, detalhou.
Outro menor, também de 15 anos, presenciou o crime, sendo ouvido como testemunha e liberado. “Ele foi peça chave na investigação, e sua versão dos fatos está em total conformidade com o que foi relatado pelo autor. Ambos disseram que foram ao local, juntamente com a vítima, para consumir drogas e, que em um determinado momento, o atirador sacou da arma e atirou contra Artur, atingindo seu ombro, e que logo em seguida efetuou o segundo disparo com a garrucha encostada na cabeça do adolescente, não deixando a menor dúvida de que a intenção era mesmo de matar o jovem”, disse Dr. Jorge.
Com as investigações, foi esclarecido que Artur foi morto na tarde de quarta-feira (1º), pouco depois de sair do colégio, e que devido ao uso de medicamentos, seu pai não percebeu que ele não havia dormido em casa.
O delegado revelou também que o menor infrator será apresentado no início da tarde desta sexta-feira (03), ao Ministério público da Comarca de Carangola, e que vai pedir sua internação e imediato cumprimento de medida sócio educativa, se possível, pelo período de 3 anos, que é o máximo previsto por lei.
Segundo Dr. Jorge Alexandre, as investigações estão praticamente concluídas, faltando apenas confirmar se a motivação do assassinato foi apenas a apresentada pelo menor apreendido ou se o fato pode ter sido resultado de questões relacionadas diretamente com o tráfico e consumo de drogas.
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Por: Click Carangola | Com informações da PC e Rádio Muriaé.