Ex-marido, que também foi baleado, vira principal suspeito e é preso pela Polícia Civil de Miradouro

O caso da mulher de 56 anos que foi baleada com vários tiros na madrugada da última segunda-feira (1º), na zona rural de Miradouro, e morreu dois dias depois, no Hospital São Paulo (HSP), em Muriaé, teve uma reviravolta na tarde desta sexta-feira (05).

O ex-marido da vítima, que também foi baleado, passou a ser apontado como principal suspeito do crime e foi preso por investigadores da 34ª Delegacia de Polícia Civil (PC), de Miradouro, no HSP, onde segue internado.

Os policiais foram ao hospital e cumpriram um mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça. O homem de 48 anos ficará sob custódia até receber alta, para que possa, então, ser encaminhado ao Presídio Municipal, no Bairro Safira e depois, para a cadeia de Miradouro.

O acusado inicialmente figurou como vítima, já que as informações iniciais eram de que ele e a mulher Maria do Carmo Saldanha do Couto, que na realidade, segundo a Polícia, era sua ex-mulher, teriam sido baleados enquanto dormiam em um sítio, na região de Monte Alverne.

Porém, com a avançar das investigações, ele passou a ser considerado suspeito de ter matado ou participado da morte da ex-companheira.

Mesmo em greve e trabalhando com um efetivo de apenas 30%, os agentes da PC conseguiram levantar fortes indícios da participação do marido da vítima no crime, o que serviu de base para a decretação da prisão do suspeito.

Nota do delegado responsável pelo caso

O delegado Tayrony Espíndola, que comanda as investigações, esclarece que a suspeita contra o ex-marido e agora viúvo, se justifica pelas peculiaridades do caso: “A versão apresentada por ele é completamente inverossímil e os elementos subjetivos e objetivos colhidos até o momento indicam a sua participação num mirabolante plano para ceifar a vida de sua própria esposa, a quem o suspeito já havia agredido e ameaçado outras vezes”.

De acordo com Dr. Tayrony, a prisão do suspeito, neste momento, se justifica pelo fato de ele residir no Rio de Janeiro e poder se furtar a aplicação da Lei, caso seja considerado culpado: “O grau de engenhosidade da empreitada criminosa tramada pelo suspeito remete aos mais consagrados roteiros de filme. Claro que o pedido de prisão não se baseou apenas no receio da fuga; existem outros elementos que corroboram as suspeitas, sendo imprescindível para as investigações que ele seja mantido custodiado”.

Para o delegado, o esforço empreendido pelos investigadores foi determinante para chegar aos elementos indiciários que ligam o marido da vítima ao episódio: “É importante destacar o espírito público dos investigadores que, mesmo em greve, superaram as limitações classistas para prestar, mais uma vez, um excelente serviço à sociedade”.

As investigações continuam, porém, outros detalhes não foram divulgados, no intuito de não comprometer o trabalho policial. Com informações da Polícia Civil e Rádio Muriaé.

Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com

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