Guerrilha: Moradores encontram esconderijos no Caparaó que podem ajudar a recontar a história

IÚNA – Um achado pode ajudar a recontar a história da “Guerrilha do Caparaó”, datada de 1966, período do regime militar (instaurado em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985).

Moradores de Iúna (ES) – a cerca de 105 km de Carangola, na região de São João do Príncipe, onde os guerrilheiros se agruparam, suspeitam ter encontrado materiais utilizados pelo grupo em uma das tocas onde eram armazenadas armas, à época.

A descoberta, segundo o jornalista e escritor José Caldas, foi motivada pela curiosidade e mitos que permeiam a região.

“Há muita lenda sobre a guerrilha. Os meninos da época ficaram curiosos e, agora que são adultos, resolveram tentar achar as tais tocas. Uma delas teria sido encontrada na região onde era o Sítio dos Cabritos”, disse.

Além dos objetos encontrados no local – um resto de manta térmica, remédios para estômago e um líquido em uma garrafa, que pode ser um óleo antioxidante que se passa em armas –, os irmãos Amós e Emílio Horst acreditam que esta foi a primeira toca cavada por guerrilheiros no Caparaó. Não foram encontradas armas no local.

A administração do Parque Nacional do Caparaó informou que não foi oficialmente notificada sobre a descoberta, feita em uma propriedade privada dentro dos limites do parque, mas alertou sobre a necessidade de solicitação prévia para qualquer atividade de pesquisa em área da reserva.

Uma equipe de fiscalização vai até o local para entender melhor o caso.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já está com uma visita marcada ao local para o dia 16 de setembro. De acordo com Caldas, caso as suspeitas sejam confirmadas, o município de Iúna-ES pode ganhar um novo eixo econômico voltado para o turismo histórico cultural.

Por: Click Carangola | Com informações jornal A Tribuna.

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