Em julgamento que durou mais de 12 horas, o jovem de 20 anos que confessou ter matado o namorado em junho de 2013, na cidade de Divino (cerca de 20 km de Carangola), foi condenado a nove anos e meio de prisão – 8 anos pelo assassinato e um ano e meio por ocultação de cadáver.
Ele foi a Júri popular, nesta quarta-feira (19), no Fórum da cidade. Seu irmão – acusado de ajudar a esconder o corpo da vítima – também foi julgado, sendo sentenciado um ano e meio, em regime aberto, por ocultação de cadáver.
O julgamento terminou por voltas das 20h e, de acordo com site oimpacto.net, o Ministério Público (MP) recorreu da decisão, ainda durante a seção, alegando que a pena não condiz com a realidade do crime e sob argumentação de que o resultado se deu de forma contrária às provas dos autos, questionando, especialmente, o reconhecimento dos atenuantes de “relevante valor moral” e “violenta emoção” por parte do réu no cometimento do crime.
Relembre o caso
Segundo o que foi apurado e divulgado pela polícia, o jovem confessou que matou o namorado – o professor Marcellus Albergaria – com chutes e pisões no pescoço, no dia 14 de junho de 2013 durante uma briga iniciada pela vítima e motivada por ciúmes. Ele e o irmão teriam levado o corpo para a zona rural, no carro da vítima, e ateado fogo no cadáver, que, dois dias depois foi escondido em um local de acesso ainda mais difícil.
Ainda de acordo com as autoridades, o próprio acusado foi quem acionou a polícia pela primeira vez, para comunicar o desaparecimento do parceiro. Porém, a história mudou após serem encontrados vestígios de sangue em paredes da casa onde vivia com a vítima, bem como no carro usado para transportar o corpo. O rapaz passou a ser considerado suspeito e acabou confessando o crime.
As investigações foram avançando e, com a continuidade do trabalho, foi apontada a participação do irmão do acusado na ocultação do cadáver.
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