Caixa-preta de bimotor que caiu em Juiz de Fora é levada para Brasília

Já está em Brasília a caixa-preta do avião bimotor que caiu na manhã de sábado (28) em Juiz de Fora. Oito pessoas morreram, entre elas o proprietário da indústria de alimentos Vilma, Domingos Costa. Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) fará a análise do material.

O Centro é único da América Latina especializado neste tipo de trabalho. Ainda não há data para a divulgação de um relatório sobre as causas do acidente, mas enquanto a análise for feita, orientações sobre medidas de segurança poderão ser sugeridas.

A empresa que administra o aeroporto não acredita que haja modificações a serem feitas. O gerente, Cipriano Magno de Oliveira, afirma que uma aeronave laboratório da aeronáutica sobrevoou o terminal, e teria constatado que não há problemas. No entanto, o aeroporto da Serrinha opera com apenas três instrumentos: localizador, GPS, e o rádio farol não direcional, que permitem a orientação de pousos para até 180 metros de altura e 1.600 metros de visibilidade.

Os destroços da aeronave foram enviados para análise no laboratório da Aeronáutica no Rio de Janeiro, que avalia a necessidade de recolher mais elementos para a investigação.

O Aeroporto da Serrinha opera normalmente desde o início da tarde de sábado. Os corpos das oito vítimas foram enterrados no domingo (29) em Belo Horizonte e Contagem.

Moradores assustados

Os moradores da região e os funcionários da pousada onde o avião se chocou antes de cair estão assustados com o acidente. Segundo a proprietária, Ana Martha Martoni,  a reação dos 58 hóspedes que estavam no local foi imediata. Ninguém se feriu, mas, mesmo assim, muitos começaram a deixar o local logo após a queda da aeronave.

A arquiteta Cristiane Capobiango também está com medo. Depois do acidente, ela e o marido pensam em vender um terreno próximo ao aeroporto.

Entenda o caso

O acidente aconteceu depois de o piloto pedir orientações para pouso no local. Segundo a administração do aeroporto, ele teria sido informado das más condições de visibilidade da pista, mas, mesmo assim, continuou o procedimento até bater em um quiosque de uma pousada e em uma árvore.

Técnicos da aeronáutica estiveram no local, localizaram e coletaram a caixa preta e pedaços da aeronave. Há indícios de que o piloto se orientou com a ajuda de cartas de navegação aérea. O bimotor modelo King Air estava com a licença de voo em dia. Com informações do Megaminas.

Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com

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