Ministério Público Federal pede paralisação do Mineroduto do Porto do Açu, em Carangola

O Ministério Público Federal pediu a paralisação das obras do mineroduto construído pela multinacional Anglo American, responsável por parte do projeto de instalação do Complexo Portuário do Açu, idealizado pelo empresário Eike Batista.

De acordo com informações do MPF, um sítio arqueológico, em Carangola, foi destruído pelas obras da empresa. A ação civil pública, que foi ajuizada em 2009, está pronta para ser julgada desde maio deste ano.

Em 2012, o MPF/MG recebeu o comunicado de que foram feitas mais de 50 variações no traçado do duto, o que sugere um novo Estudo de Impacto Ambiental, por atingir agora áreas de preservação ambiental e alcançar trechos da Mata Atlântica.

O novo traçado, programado pela empresa Anglo e aprovado pelo Ibama, passa por três sítios arqueológicos, conhecidos como Córrego do Maranhão, Toca dos Puris e um recém-descoberto na Fazenda Santa Cruz, no distrito de Alvorada, todos em Carangola.

Segundo o procurador Lucas Moraes, as escavações da Anglo no Córrego do Maranhão ocasionaram prejuízos irreparáveis aos bens culturais da região. No local, havia uma antiga aldeia Tupi Guarani do ano 400 depois de Cristo, sendo o mais antigo sítio arqueológico dessa natureza na zona da mata mineira, que foi destruído pelas obras da empresa, segundo as investigações do MPF/MG.

Pelo crime ambiental, a Anglo foi multada em R$1,2 milhão, que está sendo aplicado na construção do primeiro Centro de Referência em Arqueologia, CRA, no Estado de Minas Gerais.

A advogada Carla de Araújo, que representa a família Musse, proprietária do Sítio Santa Cruz, entrou com ação civil no Ministério Público Federal solicitando que as obras da Anglo sejam delimitadas a uma área de 50 metros do sítio arqueológico. As atividades iniciadas no local, estão a 25 metros da reserva cultural.

Confira as imagens:

Por: Click Carangola | Sugestões de pauta: clickcarangola@gmail.com

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